quinta-feira, 28 de setembro de 2017

QUEBRANDO OS MAUS DECRETOS - SHABAT SHALOM M@IL - YOM KIPUR 5778

BS"D
O E-mail desta semana foi carinhosamente oferecido pela Família Lerner em Leilui Nishmat de: 
Miriam Iocheved bat Mordechai Tzvi z"l


Para dedicar uma edição do Shabat Shalom M@il, em comemoração de uma data festiva, no aniversário de falecimento de um parente, pela cura de um doente ou apenas por Chessed, favor entrar em contato através do e-mail efraimbirbojm@gmail.com.
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MENSAGEM DE YOM KIPUR 5778
 
O Talmud (Taanit 26b) afirma que Yom Kipur é um dos dias mais alegres do ano. Desde a Criação do mundo, D'us quis dedicar um dia para a expiação dos nossos pecados, para que as pessoas pudessem "esvaziar" as transgressões acumuladas durante o ano e o mundo não precisasse ser destruído. Este dia é Yom Kipur, uma oportunidade de começarmos o novo ano com nossas almas limpas e purificadas.

Mas também devemos fazer a nossa parte, que é a Teshuvá, composta pelo arrependimento sincero, a decisão de não voltar a cometer os mesmo erros e a confissão para D'us das nossas transgressões. Yom Kipur é um dia de misericórdia, uma das maiores demonstrações do amor de D'us pelo povo judeu. Neste dia podemos abrir nossos corações e implorar para que D'us nos perdoe pelos nossos erros.

Mas não podemos nos esquecer de que não é apenas contra D'us que transgredimos durante o ano. Erramos muito com as pessoas. Enganamos, não nos importamos com as dificuldades e sofrimentos dos outros, ofendemos, fizemos piadas de mau gosto. Nossos sábios ensinam que, apesar da enorme força de expiação das transgressões que existe em Yom Kipur, ela somente funciona para limpar os erros que cometemos contra D'us. Os erros que cometemos contra o próximo não são perdoados por D'us até que sejamos perdoados pela pessoa com quem erramos. Por isso, a Halachá (Lei Judaica) nos ensina que é necessário apaziguar a pessoa que machucamos, prejudicamos ou magoamos através de um sincero pedido de perdão.

Portanto, gostaria de aproveitar a oportunidade para pedir perdão a qualquer um de vocês, leitores do "Shabat Shalom M@il", tanto aqueles que eu conheço pessoalmente quanto aqueles cujo meu único contato é através dos e-mails semanais, por qualquer atitude que possa ter ofendido ou magoado, ou por ter causado qualquer tipo de tristeza. Tanto os erros intencionais quanto os não intencionais, tanto os erros que eu me lembro quanto aqueles que eu já me esqueci, de todos eles eu me arrependo profundamente e espero que vocês me perdoem. Se alguém tiver alguma mágoa, por favor me escreva para que eu possa pedir perdão pessoalmente.

Existe uma incrível fórmula para sermos perdoados em Yom Kipur: "Todo aquele que passa por cima da sua honra e perdoa a alguém que lhe fez mal, D'us passa por cima de todas as suas transgressões e o perdoa". Portanto, eu perdoo de todo o coração a qualquer um que possa ter feito algum mal para mim, intencionalmente ou não intencionalmente.

Que possamos ter um ano doce, com muita saúde, crescimento espiritual, paz e respeito ao próximo. Que possamos ter paz dentro do povo judeu, que possamos voltar a ser um povo unido, um povo que ama ao próximo como a si mesmo, para que tenhamos o mérito da vinda imediata do Mashiach e possamos receber todas as Brachót que D'us, há mais de 2 mil anos, aguarda para nos mandar.

Shaná Tová e Gmar Chatimá Tová

Com carinho,

R' Efraim Birbojm
VÍDEO YOM KIPUR
VÍDEO YOM KIPUR

QUEBRANDO OS MAUS DECRETOS - YOM KIPUR 5778 (29 de setembro de 2017)
 

"Nos dias do Rabi Tanchuma, um sábio muito puro e Tzadik (Justo) que viveu na época do Talmud, houve uma seca muito severa na Terra de Israel, deixando os judeus em uma situação desesperadora. O Rabi Tanchuma, querendo despertar a Misericórdia Divina, decretou a todo povo um jejum, mas nada aconteceu. Ele então decretou um segundo jejum, mas novamente não caiu nenhuma gota de chuva. Quando um terceiro jejum foi decretado e não causou nenhum efeito, o rabino reuniu todo o povo e disse:
 
- Cada um deve se esforçar para fazer mais alguma Mitzvá e dar mais Tzedaká (caridade). Quem sabe se, pelo mérito das Mitzvót e da Tzedaká, D'us será Misericordioso conosco e nos mandará as chuvas que precisamos.
 
Um judeu muito simples, ao escutar as palavras do rabino, se comoveu. Imediatamente ele voltou para casa, pegou todos os bens que tinha e decidiu dividir entre os pobres da cidade. Sua ex-esposa, ao escutar que ele estava distribuindo tudo o que tinha aos pobres, foi até sua casa e disse:
 
- Desde o dia em que saí desta casa eu não tive nenhuma Brachá na vida. Por favor, me dê um pouco de Tzedaká.
 
O homem, que ainda estava muito ressentido com sua ex-esposa, em um primeiro momento não quis dar nada para ela. Porém, ao vê-la imersa em sofrimento, se apiedou e deu a ela Tzedaká. A história chegou aos ouvidos do Rabi Tanchuma e o deixou emocionado. Ao escutar sobre a atitude daquele homem simples, que estava disposto a dividir com os pobres tudo o que tinha e que havia vencido seu sentimento negativo em relação à ex-esposa, levantou os olhos ao céu e disse:
 
- Senhor do Universo, se este homem, um simples mortal com inclinações cruéis dentro de si, sentiu misericórdia e deu aos pobres e à sua ex-esposa Tzedaká, então mais ainda Você, cuja misericórdia é infinita, por favor, tenha misericórdia de nós, filhos de Seus filhos Avraham, Yitzchak e Yaacov.
 
Naquele momento as chuvas começaram a cair, trazendo de volta a tranquilidade ao povo judeu" (História retirada de um Midrash - parte da Torá Oral).
 
Onde os méritos das rezas e dos jejuns do povo inteiro não conseguiram nada, um único bom ato de uma pessoa simples conseguiu despertar a Misericórdia de D'us. Este é o impacto dos nossos pequenos bons atos do cotidiano.

Este Shabat coincide com Yom Kipur, o "Dia do Perdão", um dos dias mais solenes e sagrados do ano. O Rambam (Maimônides) (Espanha, 1135 - Egito, 1204) nos ensina por que Yom Kipur é um dia tão sério: "Da mesma forma que são colocados na balança os méritos e transgressões da pessoa no momento da sua morte, também a cada ano e ano são colocados na balança os méritos e transgressões de cada ser humano do mundo no dia do Yom Tov de Rosh Hashaná. Aquele que é considerado Tzadik (Justo, isto é, que tem mais méritos do que transgressões) é imediatamente inscrito e selado para a vida, aquele que é considerado Rashá (malvado, isto é, aquele que tem mais transgressões do que méritos) é imediatamente inscrito e selado para a morte, enquanto o Beinoni (intermediário, isto é, aquele cujos méritos se igualam às suas transgressões) fica "pendurado" até Yom Kipur. Se ele fizer Teshuvá (se arrepender dos seus erros e receber sobre si não voltar a cometê-los), então ele é selado para a vida. Se não fizer Teshuvá, então ele é selado para a morte". (Mishnê Torá, Halachót Teshuvá 3:3).
 
Portanto, Yom Kipur é o último dia dos "Asseret Yemei Teshuvá", os 10 dias de Misericórdia nos quais D'us ajuda a todos aqueles que querem consertar seus caminhos e serem inscritos no Livro da Vida, como ensina o profeta: "Busque D'us quando Ele pode ser encontrado, chame-O quando Ele está perto" (Yeshayahu 55:6). Nos Asseret Iemei Teshuvá D'us se aproxima ainda mais, nos ajudando a fazermos mudanças verdadeiras nos nossos atos.
 
Nossos sábios ensinam que, além da Teshuvá, também há outra maneira de sairmos com um bom decreto de Yom Kipur. Da história descrita pelo Midrash aprendemos que, mesmo quando as rezas de um enorme Tzadik como o Rabi Tanchuma e os jejuns de todo o povo judeu não foram suficientes para despertar a Misericórdia Divina, um único ato de uma pessoa simples conseguiu atingir este objetivo. Porém, muitas pessoas também fazem bondades e dão Tzedaká, e não vemos milagres abertos acontecendo. O que o ato daquele homem simples teve de tão especial?
 
Explica o Rav Chaim Shmulevitz zt"l (Lituânia, 1902 - Israel, 1979) que aquele homem tinha um lado egoísta, mas ele conseguiu superar suas más inclinações e fazer bondades. O Rav Israel Salanter zt"l (Lituânia, 1810 - Prússia, 1883) ensina que é mais difícil uma pessoa "quebrar" um traço de caráter negativo do que estudar todos os Tratados do Talmud. Esta afirmação do Rav Salanter fica ainda mais impressionante ao nos darmos conta que o Talmud é composto por 63 volumes, alguns deles com mais de 100 páginas. Talvez é justamente por causa desta dificuldade de quebrar um traço de caráter negativo que isto tenha um efeito tão grande nos mundos espirituais, como ensinam os nossos sábios: "De acordo com a dificuldade, assim é a recompensa" (Pirkei Avót 5:23).
 
O Talmud (Sucá 45b) traz outro ensinamento impressionante sobre a quebra dos nossos traços de caráter negativos. De acordo com o Rabi Shimon Bar Yochai, os méritos do Rei Yotam ben Uziahu eram tão grandes que sozinho ele poderia isentar todas as pessoas, desde o início da criação até o fim dos tempos, do peso da justiça estrita. Mas por que este rei teve tantos méritos assim? Explica o Talmud que ele foi muito mais humilde do que outros reis. Durante todo o tempo em que seu pai estava com Tzaráat (uma doença espiritual que causa manchas no corpo), era o rei Yotam que fazia os julgamentos do povo, mas ele se recusou a colocar sobre sua cabeça a coroa real. Além disso, todos os vereditos de seus julgamentos eram proferidos em nome de seu pai, para honrá-lo. O Talmud está ressaltando que os méritos do rei Yotam ben Uziahu, que tinham a força de beneficiar o mundo inteiro em todas as gerações, eram resultado dele ter quebrado um único traço de caráter negativo: a busca pela honra.
 
Outro exemplo incrível é trazido no Talmud (Eiruvin 54b) em relação ao Rabi Preida, que tinha um aluno com dificuldades de aprendizado. Toda vez que o Rav Preida ensinava algo a este aluno, precisava repetir 400 vezes a mesma coisa até que ele entendesse. Certa vez, este aluno perguntou algo ao Rabi Preida, mas mesmo depois das 400 repetições ele não conseguiu entender a explicação. Quando o Rabi Preida questionou o motivo pelo qual daquela vez havia sido diferente das outras vezes, o aluno, envergonhado, confessou que no meio da explicação havia se distraído com outros pensamentos. O que nós faríamos se fossemos o Rav Preida? Não sentiríamos que nosso tempo está sendo jogado no lixo ao precisarmos explicar a mesma coisa 400 vezes? E, em especial desta vez, que por culpa da distração do aluno seria necessário recomeçar as 400 explicações, não iríamos ficar muito irritados com ele, e com razão, pela perda de tempo causada? Porém, não foi desta maneira que o Rabi Preida se comportou. Em um incomparável nível de paciência, ele virou-se para o aluno e disse de forma carinhosa: "Me dê sua atenção e eu te ensinarei". Ele não deu nenhuma bronca no aluno nem se irritou com a perda de tempo, ao contrário, o encorajou e voltou a lhe explicar outras 400 vezes, até ele entender.
 
Qual foi a consequência deste descomunal ato do Rabi Preida? Uma Voz Celestial anunciou: "Rabi Preida, o que você prefere, que sejam acrescentados mais 400 anos em sua vida ou que você e toda a sua geração mereçam entrar no Olam Habá (Mundo Vindouro)?". Como o Rabi Preida escolheu incluir toda a sua geração no Olam Habá, D'us disse para ele: "Pelo fato de você ter escolhido isto, então Eu vou te dar os dois". Tudo isto por Rabi Preida ter quebrado o traço de caráter da raiva, apesar de ser até mesmo justificável uma grande bronca naquela situação.
 
É interessante perceber que em hebraico a palavra "Ki" significa "como". Portanto, o nome "Yom Ha Kipurim" significa "O dia como Purim". Qual é a conexão entre Yom Kipur e Purim, dias aparentemente tão diferentes? Explica o Rav Chaim Shmulevitz que Yom Kipur somente é um dia de perdão para o povo judeu pois neste dia não há entre as pessoas inveja, ódio ou competição, algo semelhante ao que ocorre entre os anjos. E, pelo mérito destes traços de caráter negativos terem sido quebrados, recebemos a possibilidade de nos purificarmos diante de D'us e termos todas as nossas transgressões expiadas. O mesmo ocorreu em Purim, como está escrito: "Os judeus cumpriram e receberam" (Ester 9:27). Explica o Talmud (Shabat 88a) que aquela geração recebeu o que até então o povo judeu não tinha méritos para receber. Por que justamente a geração de Mordechai e Esther chegou a este nível tão especial? Por terem alcançado o verdadeiro amor ao próximo e a união completa. O perigo do extermínio fez com quer os judeus seu unissem de uma maneira tão intensa que quaisquer sentimentos de inveja, ódio ou competição desapareceram completamente, como ocorre no dia de Yom Kipur. Quando o povo judeu chega neste nível, merece de D'us uma Misericórdia tão especial que até mesmo milagres acontecem no mundo.      
 
É exatamente esta a "fórmula" que nossos sábios do Talmud (Rosh Hashaná 17a) nos ensinaram para conseguirmos passar pelo difícil julgamento Divino: "Todo aquele que passa por cima de seus traços de caráter negativos, então no Céu passam por cima de todas as suas transgressões". Da forma como nos comportamos com o próximo, assim D'us se comporta conosco. Quando vencemos nossos traços de caráter negativos, como a inveja, o ódio, a raiva e a busca pela honra, que causam tanta desunião dentro do povo judeu, então D'us também nos julga com mais leniência e permite que aqueles que se arrependem de suas transgressões possam apagá-las completamente, um verdadeiro milagre. Medida por medida, quando quebramos nossas más características, D'us quebra nossos maus decretos.
 
Yom Kipur é um dia de misericórdia. Se formos misericordiosos com os outros, se conseguirmos nos esforçar para anular os nossos traços de caráter negativos, em especial aqueles que podem causar sofrimentos a outras pessoas, então estaremos garantindo um ano de muitas Brachót, não apenas para nós mesmos, mas para o mundo inteiro.
 
SHABAT SHALOM, GMAR CHATIMÁ TOVÁ E TSOM KAL

R' Efraim Birbojm

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                   São Paulo: 17h45  Rio de Janeiro: 17h32                    Belo Horizonte: 17h33  Jerusalém: 17h51
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Este E-mail é dedicado à Refua Shlema (pronta recuperação) de: Chana bat Rachel, Pessach ben Sima, Rachel bat Luna, Eliahu ben Esther, Moshe ben Feigue.
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Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Ben Tzion (Benjamin) ben Shie Z"L e Frade (Fany) bat Efraim Z"L, que lutaram toda a vida para manter acesa a luz do judaísmo, principalmente na comunidade judaica de Santos. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) dos meus queridos e saudosos avós, Meir ben Eliezer Baruch Z"L e Shandla bat Hersh Mendel Z"L, que nos inspiraram a manter e a amar o judaísmo, não apenas como uma idéia bonita, mas como algo para ser vivido no dia-a-dia. Que possam ter um merecido descanso eterno.
 
Este E-mail é dedicado à Leilui Nishmat (elevação da alma) de minha querida e saudosa tia, Léa bat Meir Z"L. Que possa ter um merecido descanso eterno.
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