quinta-feira, 14 de março de 2024

NÃO SEJA UMA PESSOA PESADA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ PEKUDEI 5784

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Avraham Yaacov ben Miriam Chava

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Sr. Gabriel David ben Rachel zt"l 

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PARASHÁ PEKUDEI 5784



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MENSAGEM DA PARASHÁ PEKUDEI

ASSUNTOS DA PARASHÁ PEKUDEI
  • A Contabilidade das doações.
  • Os Materiais doados.
  • Fazendo as roupas do Cohen Gadol.
  • Fazendo o Éfod (Avental).
  • Fazendo o Choshen Mishpat (Peitoral).
  • Fazendo o Meil (Manto).
  • Fazendo o Tsits (Placa para a cabeça).
  • O Mishkan é completado.
  • Moshé aprova o Mishkan e seus utensílios.
  • Ordens para erguer o Mishkan.
  • O Mishkan é erguido e os utensílios são posicionados.
  • A Presença de D'us preenche o Mishkan.
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NÃO SEJA UMA PESSOA PESADA - PARASHÁ PEKUDEI 5784 (15/mar/24)
 
"O Rav Israel Salanter zt"l (Lituânia, 1810 - Prússia, 1883) tinha muito temor a D'us, e isto se expressava principalmente na maneira meticulosa com a qual ele cumpria as Mitzvót. Ele sempre era muito cuidadoso para cumprir as Mitzvót com todos os seus detalhes e costumava fazer muitas Chumrot (rigorosidades), para cumprir as Mitzvót de acordo com todas as opiniões.
 
Certa vez ele foi à casa de alguém para uma refeição de Shabat. Quando chegou o momento de fazer Netilat Yadaim, ele se aproximou da bacia onde estava a água limpa e começou a encher o utensílio que utilizaria para lavar as mãos. Era uma época em que ainda não havia água encanada, então era necessário pegar água de dentro de uma grande bacia e verter em outra bacia. A Halachá ensina que idealmente a pessoa deve lavar suas mãos até os pulsos. Em circunstâncias especiais, quando não há muita água disponível ou qualquer outro tipo de contratempo, a pessoa pode cumprir sua obrigação lavando apenas até os nós dos dedos. O Rav Salanter, para o espanto de outro convidado que estava junto com ele naquela Seudá, não lavou as mãos até os pulsos, apoiando-se na opinião mais leniente. O outro convidado não resistiu à curiosidade e perguntou:
 
- Rabino, sei que você é muito rigoroso no cumprimento de todas as Mitzvót, então por que você está sendo tão leniente com a lavagem das mãos? A Halachá exige que idealmente a água deve chegar até o pulso, e há bastante água na bacia, o suficiente para lavar as mãos da maneira mais rigorosa!
 
- Eu sei que a água vem de um poço que fica lá embaixo, na colina - respondeu o Rav Salanter - E alguém precisa carregar a água desde lá de baixo até aqui. Quando eu vi que a responsável pelos serviços da casa é uma moça frágil, decidi que não quero ser Tzadik às custas dela, pois ao seguir a opinião mais rigorosa da Halachá, eu teria que usar uma quantidade muito maior de água, causando com que a moça tenha que trabalhar mais. Por isso segui a opinião mais leniente, que causará menos esforço a ela."
 
Se queremos fazer rigorosidades, isto não deve ser às custas dos outros. Não seja Tzadik sobrecarregando as outras pessoas.

A Parashá desta semana, Pekudei (literalmente "Contas") começa falando sobre a prestação de contas do Mishkan. Como tudo foi construído a partir de doações do povo, Moshé, apesar de estar acima de qualquer suspeita, fez questão de prestar contas de tudo o que foi doado e para que cada material foi utilizado. Ele achou isto ainda mais necessário pelo fato de as doações terem sido trazidas inicialmente para a porta de sua tenda. Ele se sentia responsável por todo o material doado, em especial por se tratarem de materiais caros e preciosos, como ouro e prata. Isso nos ensina sobre a importância da transparência, principalmente quando estamos lidando com dinheiro público, algo infelizmente muito distante da realidade atual dos nossos governantes. Moshé não queria que pairasse sobre a cabeça das pessoas nenhum tipo de dúvida ou questionamento.
 
A Torá nos ensina que depois que Moshé pediu ao povo para que doassem para o Mishkan, as doações excederam a quantidade de material necessário, apesar de terem sido voluntárias. A vontade de doar era tanta que Moshé precisou pedir para que parassem de trazer materiais, e um pouco sobrou, como está escrito: "Então Moshé ordenou, e eles anunciaram no acampamento, dizendo: "Que nenhum homem ou mulher faça mais trabalho para doação do Mikdash. Então, as pessoas pararam de trazer. E o trabalho era suficiente para todo o ofício, para fazer e sobrar" (Shemot 36:6,7). O Rav Ovadia MiSforno zt"l (Itália, 1475 - 1550) comenta que D'us ensinou a Moshé qual era a quantidade exata de materiais necessária para construir o Mishkan. Ele deu a medida precisa para cada item, tanto para a estrutura quanto para os utensílios, e assim que a quantidade doada chegou ao que era necessário, Moshé ordenou que as doações parassem.
 
Porém, sabemos que isso não aconteceu na construção do Primeiro Beit Hamikdash, liderada por Shlomo HaMelech, e nem na "reforma" do Segundo Beit HaMikdash, conduzida por Hordus (Herodes). Em ambos os casos, desde o início foi coletado mais dinheiro e matéria-prima do que era necessário, enquanto no Mishkan foi recolhido apenas a quantidade exatamente necessária. Por que esta diferença de comportamento? E o que este pequeno detalhe pode ensinar para as nossas vidas?
 
Antes de tudo, precisamos entender qual era a necessidade de recolher mais dinheiro e matéria-prima do que o necessário para a construção dos Templos Sagrados. O Talmud Yerushalmi explica que este "a mais" foi recolhido nos dois Templos Sagrados para que fossem fabricadas cópias de reserva de alguns dos utensílios usados no Serviço Divino. Isso era extremamente necessário, já que os utensílios, durante o uso diário, poderiam quebrar, se desgastar ou se tornar impuros. Em caso de necessidade, se não houvessem utensílios de reserva, os Serviços ficariam paralisados até que um novo fosse fabricado. Com utensílios sobressalentes, o trabalho poderia ser feito de forma contínua, sem a necessidade de nenhum tipo de interrupção.
 
Na realidade, este é um conceito normal no mundo empresarial. Qualquer empresa que quer oferecer serviços de qualidade deve manter um inventário de peças sobressalentes. Por exemplo, um Buffet que serve comida não pode ter apenas o número exato de conjuntos de louças para as festas que espera servir. O Buffet deve estar preparado para quebras, perdas e furtos. Da mesma forma, o Beit Hamikdash também precisava ter uma reserva, para estar preparado para ocorrências imprevistas.
 
Desta maneira, a resposta do Yerushalmi desperta um enorme questionamento: se as doações do Mishkan foram exatas, então não haviam utensílios sobressalentes. Por que Moshé não se preocupou com isso, para casos de quebra ou impurificação? Por que ele não achou necessário se precaver destes tipos de ocorrência, que não são tão raras de acontecer?
 
Há uma interessante explicação de um grupo de comentaristas da Torá conhecidos como "Daat Zekeinim MiBaalei HaTosafot" na Parashat Terumá, em relação ao Aron HaKodesh, que pode nos ajudar a responder este questionamento. Certamente o Aron Hakodesh era o utensílio mais importante do Mishkan, pois nele estavam guardadas as Tábuas que continham os Dez Mandamentos, e ele ficava no Kodesh Hakodashim. O Aron HaKodesh era um utensílio muito bonito, feito de madeira e revestido de ouro por dentro e por fora. Mas não teria sido mais adequado, pela honra do Mishkan, que o Aron HaKodesh fosse feito de ouro maciço? Por que fazer de madeira e somente revestir de ouro? Será que Moshé queria fazer economia de dinheiro justamente na construção do utensílio mais importante da "Casa de D'us"?
 
A resposta é que o Mishkan era portátil, para poder acompanhar o povo judeu durante as viagens. Toda vez que D'us sinalizava o início de uma nova viagem, através da elevação da nuvem que cobria o Mishkan, o povo desmontava toda a estrutura do Mishkan e preparava os utensílios para a viagem. Tudo era transportado pela Tribo de Levi. A estrutura, composta principalmente pelos "Kerashim" (enormes vigas de madeira), "Adanim" (bases metálicas) e coberturas de tapeçaria, era transportada em carroças, enquanto os utensílios eram carregados pelos Leviim, através de barras, em seus próprios ombros. Portanto, o Aron Hakodesh foi feito de madeira para pesar menos, pois se fosse feito de ouro puro certamente seria muito mais pesado e difícil de carregar. O mesmo também ocorria em relação ao Mizbeach de Ouro, no qual o incenso era queimado, e a Shulchan, que eram feitos de madeira, mais leve, e apenas revestidos de ouro, para torná-los mais leves e fáceis de carregar.
 
Explica o Rav Yssocher Frand que isto pode nos ajudar a responder o questionamento em relação à ausência de utensílios de reserva na época do Mishkan. O Beit Hamikdash era fixo, isto é, mesmo que houvessem muitas cópias dos utensílios, todas elas ficavam guardadas, sem a necessidade de ninguém precisar carregá-las o tempo todo. Porém, no Mishkan, um Templo Móvel, tudo precisava ser transportado e, portanto, ter utensílios reservas implicaria em "alguém ter que carregar tudo isso". E não seria apenas uma única vez, pois durante os quarenta anos em que o povo judeu passou no deserto foram dezenas de viagens, algumas mais curtas, outras mais longas. Quando alguém precisa carregar algo, precisamos tentar facilitar a vida dele, ajudando a aliviar o peso. Este é um princípio muito importante no judaísmo: não devemos ser Tzadikim às custas dos outros.
 
É como quando fazemos as malas de viagem. Em geral, é sabido que os homens viajam mais leves do que as mulheres. Talvez isso possa ser explicado pelo fato de que quem carrega as malas normalmente são os homens. Durante uma viagem, se a mulher quer honrar o Shabat trocando de roupa a cada Seudá, que não faça isso às custas de seu marido carregar uma mala mais pesada. Da mesma forma, se o marido quer honrar o Shabat e não aceita que sua esposa utilize descartáveis, que ajude no fim do Shabat a lavar toda a louça. Não podemos ser Tzadikim às custas do trabalho dos outros. Se você quer fazer rigorosidades, que o esforço a mais recaia sobre você, não sobre os outros. Se D'us achou melhor fazer o Aron Hakodesh de madeira ao invés de ouro maciço e não ordenou que houvessem utensílios reservas no Mishkan pois alguém precisaria carregá-los, então também devemos ser rigorosos em não sobrecarregar outras pessoas. Podemos e devemos receber para nós Chumrot, mas sem que isso pese para qualquer outra pessoa. 

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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sexta-feira, 8 de março de 2024

UNIÃO E EMPATIA - SHABAT SHALOM M@IL - PARASHÁ VAYAKEL 5784

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MENSAGEM DA PARASHÁ VAYAKEL

ASSUNTOS DA PARASHÁ VAYAKEL
  • O Shabat.
  • Contribuição de Materiais para o Mishkan.
  • Os construtores do Mishkan.
  • Indicação dos "Arquitetos".
  • Construindo o Mishkan.
  • Construindo as cortinas do Ohel Moed.
  • Construindo as Tábuas (estrutura do Ohel Moed).
  • Construindo a Parochet e a Tela de entrada
  • Construindo o Aron (Arca Sagrada) e a Kaporet.
  • Construindo a Shulchan (Mesa).
  • Construindo a Menorá.
  • Construindo a Altar de Incenso.
  • Construindo o Mizbeach (Altar de Sacrifícios).
  • Construindo o Kior (Lavatório).
  • Construindo o Pátio e a Tela de entrada.
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UNIÃO E EMPATIA - PARASHÁ VAYAKEL 5784 (08/mar/24)
 
"O Rav Menachem Nachum Twersky zt"l (Ucrânia, 1730, Polônia, 1787), mais conhecido como "Rebe de Chernobyl", dedicava boa parte do seu tempo salvando judeus das prisões de países com regimes ditatoriais, que normalmente eram muito antissemitas e prendiam judeus mesmo sem terem cometido nenhum tipo de crime. Ele viajava de uma cidade a outra, juntando fundos para realizar o pagamento necessário para libertar os prisioneiros. Certa vez, quando estava na cidade de Zhitomir, na Ucrânia, algumas pessoas o caluniaram e, sem o direito a um julgamento justo, ele foi mandado para a prisão.
 
O Rav Menachem Nachum ficou arrasado. O principal motivo de sua tristeza era não conseguir entender os motivos pelos quais D'us estava fazendo isso com ele. Após ter se esforçado por tantos anos para tirar prisioneiros das cadeias, por que D'us o havia castigado daquela maneira, mandando-o injustamente para a prisão? Por que ele merecia ser preso com falsas acusações, sem ter feito nada de errado?
 
Certo dia, alguém foi visitá-lo na prisão. O Rav Menachem Nachum então aproveitou para desabafar e expressar sua angústia. O visitante, após pensar por alguns instantes, disse a ele:
 
- A resposta dos seus questionamentos está na Torá. Nosso patriarca Avraham era o exemplo de como fazer bondade com estranhos. Ele convidava para sua casa pessoas que estavam viajando e fazia grandes esforços para que seus hóspedes se sentissem confortáveis, como está explícito na visita dos três anjos disfarçados de beduínos, para quem Avraham serviu as comidas mais deliciosas. Ele sempre procurava saber o que mais poderia fazer para agradar seus convidados. Porém, este mesmo Avraham foi "expulso de casa". Em certo momento, D'us disse para ele sair da casa de seu pai, da sua terra e da proximidade de sua família. Era como se D'us tivesse "tirado o chão" de Avraham. Por que D'us o tratou desta maneira, justamente ele, que era um grande benfeitor daqueles que estavam vagando pelos caminhos?
 
- Foi somente desta maneira - continuou o visitante - que Avraham pôde experimentar na própria pele o que era ser um estranho em um lugar desconhecido. A partir daquele momento ele teria uma melhor perspectiva do que poderia fazer para verdadeiramente ajudar seus hóspedes.
 
- Provavelmente é o que está acontecendo com você - concluiu o visitante - Você é totalmente devotado a esta grande Mitzvá de libertar prisioneiros. Dos Céus está lhe sendo mandada a oportunidade de experimentar a sensação do que é ser mantido refém por inimigos do nosso povo. Isso lhe dará uma apreciação ainda mais profunda da necessidade de realizar todo o possível para libertar as pessoas no futuro, o mais rápido possível."
 
Este é um grande ensinamento para todos nós. Sempre que sofrermos pessoalmente algum tipo de dor, devemos nos lembrar cuidadosamente de cada aspecto da experiência vivida. Quando outras pessoas estiverem em situações semelhantes, entenderemos com mais profundidade o que elas estão experimentando. Isto nos possibilitará ajudá-las com maior sensibilidade e bondade.

Nesta semana lemos a Parashá Vayakel (literalmente "E reuniu"), que novamente retoma o assunto da construção do Mishkan, após a Torá ter feito uma interrupção para descrever o terrível pecado do Bezerro de Ouro.  Esta justaposição de assuntos é uma indicação de que o Mishkan foi justamente o conserto espiritual da transgressão do Bezerro de Ouro.
 
Nas Parashiót Terumá, Tetzavê e Ki Tissa, a Torá relatou as instruções de D'us para Moshé em relação à construção do Mishkan. Já nas Parashiót Vayakel e Pekudei, Moshé transmitiu estas instruções ao povo judeu e a construção foi efetivamente realizada. O que era apenas um potencial transformou-se em uma realização. O milagre estava feito: uma construção material tornou-se a "morada" do Criador do Universo, garantindo a proximidade Dele com o povo judeu e nos possibilitando servir D'us de perto, como um servo que pode servir pessoalmente seu rei.
 
A Parashá começa com as seguintes palavras "E Moshé reuniu toda a Assembléia de Bnei Israel" (Shemot 35:1). Porém, destas palavras surge um grande questionamento: por foi necessário Moshé reunir todo o povo judeu para transmitir a eles as instruções de como construir o Mishkan? Não foram todos que participaram ativamente na construção, já que a doação de materiais e a participação nas atividades construtivas era voluntária, não obrigatória. Além disso, também não encontramos nas instruções de D'us a Moshé a necessidade de reunir todo o povo antes de iniciar a construção do Mishkan. Então por que Moshé quis juntar o povo antes da construção do Mishkan?
 
A resposta é que as instruções de Moshé ao povo judeu foram dadas imediatamente após ele ter descido do Monte Sinai com as segundas Tábuas. Embora D'us tivesse perdoado o povo judeu pela construção do Bezerro de Ouro, o que ficou claro quando Ele concordou em nos entregar as segundas Tábuas, Moshé sentiu a necessidade de corrigir outro estrago que havia ocorrido como consequência do Bezerro de Ouro.
 
Explica o Rav Yohanan Zweig que como atualmente não temos mais inclinação para as idolatrias, precisamos antes de tudo entender qual era a atração que a idolatria causava nas pessoas. A adoração de ídolos originou-se de uma necessidade das pessoas de se separarem de D'us para que pudessem se sentir independentes. É difícil para o ser humano, com seu orgulho, viver com a ideia de que dependemos de D'us, que é Ele quem decide tudo o que vai ocorrer e que não podemos fazer absolutamente nada sem Sua permissão. Nosso orgulho não permite que sejamos completamente submissos a D'us. É por isso que vimos tantas vezes na história pessoas se rebelando contra o Criador, criando seus próprios deuses de pedra, madeira e metal, que poderiam ser servidos da maneira que as pessoas bem quisessem. Era uma maneira bem pouco racional de tentar fugir da realidade de D'us, como o avestruz, que acha que, ao enfiar sua cabeça dentro de um buraco, soluciona seus problemas.
 
Há um conceito muito importante na psicologia do ser humano. Quando desenvolvemos certo traço de caráter, ele se aplica tanto no nosso relacionamento com D'us quanto no nosso relacionamento com o próximo. Por exemplo, alguém que é ingrato e não sabe reconhecer as bondades recebidas de seus companheiros também não saberá reconhecer as bondades recebidas de D'us. Portanto, esta necessidade de se sentir independente de D'us também resultou em uma falta de união entre as pessoas, pois a união só pode ser alcançada quando cada indivíduo se considera parte de uma comunidade na qual cada pessoa é interdependente dos seus semelhantes. Se, no entanto, o homem se esforça para sentir sua independência, o sentimento de união com os seus semelhantes pode ser destruído. Percebemos isso na consequência direta da construção do Bezerro de Ouro, que foi o assassinato de Chur, o filho de Miriam e Calev. Como as pessoas estavam obstinadas em se tornarem independentes, a tentativa de se se afastar de D'us também teve como consequência o afastamento entre as pessoas. Quando cada um pensa apenas em si mesmo, nem a vida dos outros importa mais.
 
Explica o Rav Moshe Cordovero zt"l (Israel, 1522-1570), em seu livro "Tomer Dvorá", que cada judeu é como se tivesse um parentesco com os outros judeus, pois todas as almas estão unidas. Cada judeu tem uma pequena parte da alma dos outros judeus do mundo, e cada judeu do mundo tem uma pequena parte da nossa alma. É a isso que nossos sábios se referem quando afirmam: "Cada judeu é fiador um do outro". Como cada judeu tem uma parte da alma do seu companheiro, quando um transgride, ele prejudica a si mesmo e prejudica a parte que o seu próximo tem dentro dele. Portanto, é apropriado que uma pessoa queira o bem dos outros e se alegre com o sucesso do próximo. E por esse motivo nos foi ordenado: "Ame ao teu próximo como a ti mesmo" (Vayikrá 19:18). Devemos sentir a dor dos outros e nos alegrarmos com as coisas boas que os outros recebem como se realmente tivesse ocorrido conosco.
 
Em um nível mais profundo, somos verdadeiramente uma unidade pois viemos da mesma Fonte. Se uma pessoa tenta separar-se desta Fonte, ela automaticamente também se separa dos seus semelhantes. Foi por isso que Moshé, antes de transmitir sobre a construção do Mishkan, que consertaria nossa desconexão com D'us causada pelo Bezerro de Ouro, reuniu todo o povo, como uma comunidade, para desfazer os efeitos da desunião criada pelo pecado do Bezerro de Ouro.
 
Daqui aprendemos algo extremamente importante, em especial para a difícil situação na qual o povo judeu se encontra neste momento. Precisamos ter claridade que nosso maior inimigo não é o Hamas e nem os "antissionistas", que na realidade são os velhos antissemitas com uma nova roupagem. Nosso problema verdadeiro é a desunião, as brigas internas e o Lashon Hará, que causa um afastamento espiritual e o enfraquecimento do povo. Nosso Beit HaMikdash foi destruído pelo ódio gratuito. Para chegar ao nível de ódio gratuito não é necessário agressões físicas ou verbais. O simples descaso, a falta de empatia, não se colocar no lugar do outro, tudo isso também se encaixa em "ódio gratuito". Isso apenas dá mais força aos nossos inimigos. Que possamos sentir alegria pelas coisas boas dos nossos companheiros, e sentir a dor daqueles que estão sofrendo. Se nos unirmos novamente, aumentaremos também nossa conexão espiritual com D'us. Esta é a receita para derrotarmos para sempre nossos inimigos.

SHABAT SHALOM 

R' Efraim Birbojm

 

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